sábado, 24 de maio de 2008

O concerto ia começar, eu no trompete, a minha mãe no piano, o meu irmão no clarinete e o meu pai, bem não vi o que tocava... (Na realidade não tocámos nada!) O maestro assinalou que podíamos iniciar e acho que passei a maior vergonha da minha vida, nenhum de nós sabia o que estava ali a fazer, porque ninguém sabia tocar. Eu há anos que não tocava trompete, e que eu saiba, os meus pais e irmão nunca tocaram nada. Sai dali a correr cheia de vergonha e o meu pai atrás de mim. De repente, começámos a ouvir um piano a tocar com uma melodia fantástica e um clarinete a acompanhar, era a minha mãe, como tinha andado nas aulas de órgão e tinha tocado na igreja (?), conseguiu improvisar ali qualquer coisa e as pessoas adoraram. Já eu, nos bastidores, tentei soprar no trompete para tocar qualquer coisa e já nem som conseguia que saísse, esqueci-me de como tinha que por a boca para tocar. Fiquei muito triste.
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Fui a um almoço de família em Monchique, estavam lá todos. Acontece que foi um almoço muito estranho pois fiquei a saber que a minha família era muito preconceituosa com as profissões. Queriam que os Doutores e Engenheiros se sentassem nos melhores lugares e as restantes profissões nos lugares que sobrassem. Tudo aquilo me estava a fazer muita confusão... Lá nos sentámos, nem sei como, só tenho a ideia de que a comida estava com muito bom aspecto, era cabrito no forno com batatas e parecia delicioso.
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Sentada no sofá da sala dos meus avôs que fica em frente da janela da varanda (fechada em marquise), vejo entrar um homem de cor negra pela sala dentro. Fico perplexa e imóvel e grito "Avô está aqui um homem". Lá da cozinha o meu avô diz-me "Já é normal, ele vem aqui muitas vezes". Ao mesmo tempo o indivíduo de cor escura diz-me "Cala-te, venho cá muitas vezes mas nem gosto do gajo". Enquanto nós falávamos vejo a minha avó a entrar na dispensa e a tirar chocolates, acho que tirou uns 5 chocolates tipo snickers ou algo parecido, mas tirou mesmo daquelas caixas de supermercado, tanto que eu pensei "mas como é que ela tem aqui tanto chocolate". A minha avó agarra nos chocolates e diz "Entrega-lhe é só isto que ele quer e depois vai-se embora".

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